#FP - Phaedra K. Boernhe

Phaedra Katerinn é uma mulher misteriosa e sedutora, ninguém sabe o que se passa na sua mente, porém demonstra sempre uma astúcia e liderança e nunca foi apoiante da Clave ou dos Acordos. É líder do clã de vampiros de Manhattan e protege os seus membros com a sua vida. Pode parecer uma rapariga doce, mas nunca chegou realmente a sê-lo. Perdeu a sua inocência muito cedo, e tem uma ideia muito própria do Céu e do Inferno.

   

Pele esbranquiçada mas com um brilho dourado, olhos castanhos, profundos e analistas, lábios ligeiramente rosados, em combinação com a tez da sua pele. Cabelos longos e ligeiramente ondulados, de cor castanho escuro pelo meio das costas, estatura alta mas não exageradamente, e elegante. Porte ágil e delicado, mas com a velocidade e força clássicas dos da sua espécie. Possui curvas atrativas aos homens, que usa para seduzir muitos ás suas presas. Ainda tem a leve marca das mordidas do seu criador, que a tornaram vampira.

   

E ela foi mordida. Sentiu o seu sangue misturar-se com o do vampiro e por uma fração de segundo sentiu-se viva, antes de começar a afundar-se nas trevas. Não sabia o que se seguiria, então apenas se entregou ao negrume, ao vazio, enquanto flashes passavam á sua frente como filmes. Momentos. Observou a si e aos pais, quando pequena; a mãe á espera de outra menina, e o amor demonstrado pelo casal. Como viera, o borrão de memórias esvaiu-se e lentamente surgiu outro, este mais inquietante. Estava sentada na sala de espera quando o seu pai surgiu - Vamos para casa? - perguntara na sua inocência de criança, os olhos castanhos brilhantes com a ideia de voltar para casa com a sua maninha bebé, quando notou a expressão do pai e o seu sorriso foi-se, bem como a cena. E lá estava ela de novo. Desta vez encostada á porta do quarto dos pais, na noite mais escura que conheceu, a ouvir todo o diálogo no seu interior. Traíste-me. Foi a última palavra que ouviu antes do som de uma arma a ser disparada e um baque surdo no chão. Avançando no espaço, pairou até mais uma cena. Desta vez já estava mais velha, e novamente sentada, á espera do veredito quando a sua mãe saiu da sala de tribunal trazida por dois policiais. Estes soltaram-na e ela foi até á filha, abraçando-a. Nunca se esqueça que eu te amo. Por mais que tivesse tentado encobrir as provas, o destino traíra-a mais uma vez, e assim foi. Na cena seguinte ela não tinha crescido mais que alguns meses, mas os seus cabelos haviam se tornado mais escuros, e os seus olhos frios. Quando caminhava pelos corredores do lugar que aprendera a odiar, ignorava os olhares de repulsa e as outras crianças que brincavam e finalmente chegou ao gabinete da diretora do orfanato. Morte. Oh, a palavra que ecoaria na sua mente até á descida ao inferno... Seguiu-se mais uma cena na sequência e desta vez já se notavam as marcas do tempo, porém após vários anos naquele orfanato, parecia finalmente ter encontrado alguém que amasse. E o garoto de 17 anos brincava com a mais nova como se fossem irmãos, voltando do cinema, em direção ao orfanato pelas sombrias ruas de Viena quando a confusão estoirou mesmo á frente dos seus olhos e ela apenas teve tempo de ver o corpo inerte do garoto cair no chão; agora dentro do caixão num dia nebulado de inverno que iria marcá-la para sempre. E a partir daí sempre circulou de orfanato em orfanato...
Phaedra renascera das cinzas.