#FP - Eldarya Aleister

gosta muito de ler, e de escrever. Queria ser escritora, e até escreveu alguns romances que ficam muito bem guardados embaixo de sua cama. Adora seu piano, e começou a ter aulas aos oito anos de idade.
Sempre foi considerada precoce, por causa de seu talento para as artes, e sua facilidade para aprender qualquer coisa, desde culinária, até geometria avançada.
Quando teve noção do quanto as pessoas são hipócritas e desprezíveis, desistiu da humanidade, e passou a ligar apenas para si mesma. As vezes era ruim, mas ela acabou se acostumando à solidão, e qualquer amizade que ocasionalmente faz, acaba sendo desprezada. Não é que ela não goste das pessoas, é só que... Bem, é exatamente isso, ela aprendeu a odiar as pessoas.

Seu corpo não é nenhuma montanha-russa cheia de curvas, mas não se importa muito com isso. Tem uma altura mediana, e pernas longas para seu porte físico. Seus cabelos castanhos claro são comumente confundidos com loiro, o que a deixa meio irritada, pois sua mãe é loira, e quanto menos se parecer com sua família, melhor. Costuma roer as unhas até sangrarem, e quando elas já não são suficiente, come a pele ao redor das unhas, por isso vive com os dedos enfaixados, pois se recusa à usar o iratze em algo tão banal. Suas costas têm marcas permanentes, com os símbolos do poder angelical, agilidade e equilíbrio.

Quando nasceu, no dia 15 de outubro de 1996, seus pais ficaram extremamente infelizes, pois queriam um garoto, para que pudesse substituir a perda de Locan, seu irmão mais velho que morrera afogado. Para a surpresa de todos, Ely era muito talentosa, e aprendia tudo com certa facilidade. Começou a ser treinada bem cedo nas áreas de línguas e desenho, quando fez seis anos, começaram a parte prática.
Mesmo ocupada com tantos trabalhos, e treinos, conseguia perceber o quanto não era desejada na família,a inda mais quando o pequeno Raphael nasceu, e logo se tornou o queridinho de todos. Passava mais tempo com sua instrutora, do que com o resto da família.
Quanto tempo se leva para entender que casa não significa lar? Para Ely, 12 anos foram suficientes. Foi criada como uma caçadora digna. Sabia como lidar com armas, escolher as ervas corretas, e diversos outros tipos de aprendizados obrigatórios. Nunca se deu muito bem com as armadilhas, mas gostava muito de desenhar, por isso aprender os símbolos foi extremamente prazeroso. Observar a peculiaridade de cada um era seu paraíso. Até os 11 nunca se preocupou muito com o fato de que era uma caçadora, pois vivia em Idris, e para ela isso era comum, mas quando fez sua primeira viagem até Londres, percebeu o que perdera. As crianças eram diferentes, não tinham marcas, não pareciam temerosas, e além de tudo, viviam de maneira despreocupada. Passou a inventar desculpas para não deixar aquele lugar, mas sua mãe não queria escutar, e voltaram para casa. Mas Ely não era a mesma, tudo havia mudado. Sua visão de mundo e seus ideais. Ia atrás de seres do submundo, queria descobrir cada vez mais sobre o mundo lá fora. Sobre os monstros, e demônios. Já não confiava mais no que seus pais diziam, e sempre ia atrás de suas próprias respostas.
Com 15 anos seus pais desistiram, e deixaram que ela se mudasse para Londres, e passou um ano por lá. Derrotando vampiros, e colocando lobisomens em seus lugares. Mas era uma viajante nata, e começou a ir de instituto a instituto, queria ver e sentir o que havia de novo no mundo. Continuou treinando, é claro, mas agora fazia aulas de artesanato, fotografia e pintura, e tinha o prazer de anunciar sua tolerância aos seres mundanos, e do submundo.